quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

O transtorno se caracteriza por sinais claros e repetitivos de desatenção, inquietude e impulsividade, mesmo quando o paciente tenta não mostrá-lo. Há vários graus de manifestação do TDAH, que recebe às vezes o nome DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) ou SDA (Síndrome do Déficit de Atenção).

Na década de 1980, a partir de novas investigações, passou-se a ressaltar aspectos cognitivos da definição de síndrome, principalmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando-se, além disso, que a atividade motora excessiva é resultado do alcance reduzido da atenção da criança e da mudança contínua de objetivos e metas a que é submetida. É um transtorno reconhecido pela OMS (Organização Mudial da Saúde), tendo inclusive em muitos países, lei de proteção, assistência e ajuda tanto aos que têm este transtorno ou distúrbios quanto aos seus familiares. Há muita controvérsia sobre o assunto. Há especialistas que defendem o uso de medicamentos e outros que, por tratar-se de um Transtorno Social, o indivíduo deve aprender a lidar com ele sem a utilização de medicamentos.

Segundo Rohde e Benczick o TDAH é um problema de saúde mental que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar; podendo ser acompanhado de outros problemas de saúde mental. Os autores Rohde e Benczich, caracterizam o TDAH em dois grupos de sintomas. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.

A criança com Déficit de Atenção muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.
A imagem da esquerda ilustra áreas de atividade cerebral de uma pessoa sem TDAH e a imagem da direita de uma pessoa com TDAH. Há certa controvérsia sobre o estudo do Dr. Alan Zametkin que produziu estas imagens, pois as crianças que fizeram parte do estudo tinham maioritariamente disfunções severas.

* Têm muitos talentos criativos, que geralmente não aparecem até que o TDAH seja tratado
* Demonstram ter pensamento original, "fora da caixa"
* Tendem a adotar um jeito diferente de encarar a própria vida. Costumam ser imprevisíveis na maneira como abordam diferentes assuntos
* Persistência e resiliência são suas características marcantes - mas, cuidado, às vezes podem parecer cabeças-duras
* São geralmente muito afetivos e de comportamento generoso
* São altamente intuitivos
* Dificil aprendizado mas fora da escola demonstram ter uma inteligência acima da média para muitas coisas

* Grande dificuldade para transformar suas grandes idéias em ação verdadeira[carece de fontes?]
* Problemas para se fazer entender ou explicar seus pontos de vista[carece de fontes?]
* Falta crônica de iniciativa[carece de fontes?]
* Humor volúvel, da raiva para a tristeza rapidamente
* Pouca ou nenhuma tolerância à frustração
* Problemas com organização e gerenciamento do tempo
* Necessidade incessante de adrenalina. Inconscientemente, podem provocar conflitos apenas para satisfazer essa necessidade de estímulo
* Tendência ao isolamento e à solidão
* Raramente conseguem aprender com os próprios erros

Sintomas relacionados à desatenção

* Não prestar atenção a detalhes;
* ter dificuldade para concentrar-se;
* não prestar atenção ao que lhe é dito;
* ter dificuldade em seguir regras e instruções;
* desvia a atenção com outras atividades;
* não terminar o que começa;
* ser desorganizado;
* evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;
* perder coisas importantes;
* distrair-se facilmente com coisas alheias ao que está fazendo;
* esquecer compromissos e tarefas;
* problemas financeiros;
* tarefas complexas se tornam entediantes e ficam esquecidas;
* dificuldade em fazer planejamento de curto ou de longo prazo.

Os sintomas relacionados à hiperatividade/impulsividade

* ficar remexendo as mãos e/ou os pés quando sentado;
* não permanecer sentado por muito tempo;
* pular, correr excessivamente em situações inadequadas;
* sensação interna de inquietude;
* ser barulhento em atividades lúdicas;
* ser muito agitado;
* falar em demasia e sem pensar no que vai dizer;
* responder às perguntas antes de concluídas;
* ter dificuldade de esperar sua vez;
* intrometer-se em conversas ou jogos dos outros;

Para se diagnosticar um caso de TDAH é necessário que o indivíduo em questão apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade; além disso os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses. Pessoas com TDAH tem problemas para fixar sua atenção em coisas por mais tempo do que outras, interessantemente, crianças com TDAH não tem problemas para filtrar informações. Elas parecem prestar atenção aos mesmos temas que as crianças que não apresentam o TDAH prestariam. Crianças com TDAH se sentem chateadas ou perdem o interesse por seu trabalho mais rapidamente que outras crianças, parecem atraídas pelos aspectos mais recompensadores, divertidos e reforçativos em qualquer situação, essas crianças também tendem a optar por fazer pequenos trabalhos no presente momento em troca de uma recompensa menor, embora mais imediata, ao invés de trabalhar mais por uma recompensa maior disponível apenas adiante. Na realidade, reduzir a estimulação torna ainda mais difícil para uma criança com TDAH manter a atenção. Apresentam também dificuldades em controlar impulsos. Os problemas de atenção e de controle de impulsos também se manifestam nos atalhos que essas crianças utilizam, em seu trabalho. Elas aplicam menor quantidade de esforços e despendem menor quantidade de tempo para realizar tarefas desagrádaveis e enfadonhas.

Causas

As pesquisas têm apresentado como possíveis causas de TDAH a hereditariedade, problemas durante a gravidez ou no parto, exposição a determinadas substâncias (exemplo: chumbo) ou problemas familiares como: um funcionamento familiar caótico, alto grau de discórdia conjugal. Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo ou de oposição desafiante nas crianças. Segundo Goldstein, alguns fatores podem propiciar o aparecimento do TDAH quando em condições favoráveis, por isso as causas do TDAH são de uma vulnerabilidade herdada ao transtorno que vai se manifestar de acordo com a presença de desencadeadores ambientais. A ansiedade, frustração, depressão ou criação imprópria podem levar ao comportamento hiperativo.

O uso de medicamentos

O tratamento baseia-se em medicação se necessário e acompanhamento psiquiátrico. É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Mais de 80% dos portadores de TDAH beneficiam-se com o uso de medicamentos como o cloridrato de metilfenidato (Ritalina ou Concerta em sua versão comercial), Bupropiona, Modafinil e Antidepressivos Tricíclicos como a Imipramina. Em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso dos mesmos. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.

Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo ou de oposição desafiante nas crianças, o que pode ser denomiado de Hiperatividade de fundo social, diferente de TDAH.

Postado por Danilo Rodrigues e Brenda Maraví.

Fonte: www.iceb.ufop.br/debio/arquivos/bioquimica_alem_da.pdf

Um comentário:

  1. eu tenho um filho de 16 anos portador da imperatividade só eu sei como é por que lidar com ele é muito difícil

    ResponderExcluir