quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Anticonvulsivantes

O valproato ou o divalproex (um composto contendo iguais proporções de ácido valpróico e valproato de sódio) têm sido amplamente utilizados, nos últimos anos, para o tratamento do transtorno bipolar. Existem estudos controlados mostrando sua eficácia no tratamento da mania aguda; há também dados indicando que o valproato pode ser mais eficaz do que o lítio para a mania mista e para os cicladores rápidos. Embora faltem estudos controlados sobre o uso do valproato na manutenção, existem estudos abertos e naturalísticos que apontam para sua eficácia também na profilaxia da mania e da depressão. Há menos evidências que sustentem o uso do valproato no tratamento da depressão bipolar, embora alguns estudos sugiram certa eficácia. O valproato ou o divalproex podem ser combinados com o lítio. Respeitando-se as interações farmacocinéticas, eventualmente, o valproato ou o divalproex podem ser combinados também com a carbamazepina, nos casos resistentes à monoterapia. Efeitos colaterais comuns do valproato incluem: sedação; perturbações gastrointestinais; náusea; vômitos; diarréia; elevação benigna das transaminases; e tremores. Leucopenia assintomática e trombocitopenia podem ocorrer. Outros efeitos incluem: queda de cabelo (às vezes acentuada) e aumento do peso e do apetite. Em alguns casos, a leucpenia pode ser severa e acarretar a interrupção do tratamento. Efeitos idiossincráticos incluem o desenvolvimento de ovários policísticos e hiperandrogenismo. Casos de morte, embora raros, têm sido descritos devido a hepatotoxicidade, pancreatite e agranulocitose. Os pacientes ou seus responsáveis devem ser advertidos a respeito dos sinais e sintomas precoces dessas raras complicações. A intoxicação com doses excessivas eventualmente requer hemodiálise, além das medidas de suporte e, às vezes, do naltrexone. O valproato deve ser iniciado com doses baixas (250 mg por dia), titulando-se a dose em aumentos graduais de 250 mg com espaço de alguns dias, até a concentração sérica de 50 microgramas a 100 microgramas por ml (não se excedendo a dose de 60 mg/kg por dia). Controles dos níveis séricos, do hemograma e das enzimas hepáticas são requeridos. Os níveis séricos do valproato podem ser diminuídos pela carbamazepina e aumentados por drogas como a fluoxetina. O valproato aumenta os níveis séricos do fenobarbital, da fenitoína e dos tricíclicos. A aspirina desloca o valproato de sua ligação às proteínas, aumentando sua fração livre.

A carbamazepina (CBZ) tem sido utilizada no transtorno bipolar desde a década de 1970; estudos controlados sugerem taxa de resposta, na mania aguda, em torno de 61%. A CBZ tem sido menos estudada no tratamento da depressão bipolar, embora alguns estudos dêem suporte a sua utilização. Quatorze estudos controlados (ou parcialmente controlados) sugerem que a CBZ possa ser eficaz na profilaxia da doença bipolar, em que pesem algumas limitações metodológicas. Embora os níveis plasmáticos eficazes diferem muito entre os indivíduos, em geral, preconizam-se os níveis entre 4 a 12 microgramas por ml. Como a CBZ induz ao aumento de seu própro metabolismo, suas doses devem ser ajustadas depois de algum tempo, para que os níveis no sangue sejam mantidos. Deve-se lembrar que a indução de enzimas hepáticas pela carbamazepina reduz os níveis de várias outras substâncias (como os hormônios tiroideanos) e medicamentos, entre os quais os anticoncepcionais, cujas doses devem ser reajustadas, em acordo com o ginecologista.

Entre os efeitos colaterais da CBZ estão: diplopia, visão borrada, fadiga, náusea e ataxia. Esses efeitos geralmente são transitórios, melhorando com o tempo e/ou com a redução da dose. Menos freqüentemente observam-se “rash” cutâneo, leucopenia leve, trombocitopenia leve, hipoosmolaridade e leve elevação das enzimas hepáticas (em 5% a 15% dos pacientes). Caso os níveis da leucopenia e a elevação das enzimas hepáticas se agravem, a CBZ deve ser interrompida. A hiponatremia deve-se à retenção de água devido ao efeito antidiurético da CBZ, mais comum nos idosos; às vezes, a hiponatremia leva à necessidade de interromper o uso desse medicamento. A CBZ pode diminuir os níveis de tiroxina e elevar os níveis do cortisol. No entanto, raramente esses efeitos são clinicamente significativos. Efeitos raros, mas potencialmente fatais, incluem: agranulocitose, anemia aplásica, dermatite esfoliativa (por exemplo, Stevens-Johnson) e pancreatite. Os pacientes devem ser alertados sobre os sinais e sintomas que precocemente fazem suspeitar dessas condições. Muito raramente pode ocorrer insuficiência renal e alterações da condução cardíaca. Os cuidados prévios na introdução da CBZ incluem, além da anamnese a respeito de história prévia de discrasias sangüíneas e doença hepática, hemograma completo, enzimas hepáticas, bilirrubinas, fosfatase alcalina, eletrólitos (dado o risco de hiponatremia) e avaliação da função renal. As doses devem ser iniciadas aos poucos (100 mg/dia a 200 mg/dia, inicialmente), aumentando-se gradualmente até atingir níveis séricos compatíveis ou melhora terapêutica; as doses devem ser divididas em três ou quatro tomadas, aumentando-se o intervalo para as preparações de liberação lenta. Doses superiores a 1.200 mg/dia não são geralmente recomendadas. Inicialmente monitoram-se o hemograma e a função hepática a cada duas semanas, nos primeiros dois meses, e, posteriormente, a monitoração ocorre a cada três meses. Muitas das condições descritas acima não são previstas por meio desses exames, devendo os pacientes serem instruídos a relatar os sintomas precoces de cada condição potencialmente perigosa (leucopenia, quadros alérgicos, icterícia, entre outros sintomas).

postado:Carolina Araujo
fonte: http://www.scielo.br/pdf/rpc/v32s1/24410.pdf
http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol32/s1/63.html

Tratamentos

Sais de lítio

Depois de 50 anos de sua introdução na prática psiquiátrica, os sais de lítio permanecem como o tratamento de escolha para a maioria dos casos de mania aguda e para a profilaxia das recorrências das fases maníaco-depressivas. Na mania aguda, a eficácia do lítio situa-se, conforme o tipo de pacientes incluídos, entre 49% (estudo de apenas 3 semanas, incluindo casos anteriormente resistentes) e 80% dos casos, mostrando-se mais específico do que os neurolépticos na redução dos sintomas nucleares da mania (exaltação do humor, aceleração do pensamento e idéias de grandiosidade); em contraposição, os neurolépticos mostram-se mais rápidos e eficazes no controle da hiperatividade e da agitação psicomotora, sugerindo que sua ação se devesse a uma sedação mais inespecífica. Numerosos estudos controlados confirmam a eficácia do lítio na profilaxia de ambas as fases (maníacas e depressivas) do transtorno bipolar. As manias típicas, assim como os episódios de mania são seguidas por eutimia e depressão (M-E-D). Os pacientes com mania mista (mesclada com sintomas depressivos), mania disfórica (com marcada irritabilidade) e com cicladores rápidos (aqueles com mais de quatro ciclos em um ano) não respondem tão bem ao lítio; para esses pacientes, o divalproex (ácido valpróico/valproato) ou a carbamazepina podem se constituir em melhor indicação.
Levando-se em conta a estreita faixa terapêutica, assim como as variações na excreção do lítio, recomenda-se a monitoração periódica de seus níveis séricos, mais freqüente no início do tratamento ou quando as doses forem alteradas ou a qualquer momento, desde que haja indícios ou suspeita de intoxicação pelo lítio. A dosagem do lítio deve ser feita sempre 12 horas após a última ingestão do comprimido de lítio. Em geral, dosam-se os níveis sérios cinco a sete dias após o início (quando o lítio atinge seu steady state), depois a cada sete ou 14 dias, passando-se ao controle posterior a cada dois ou três meses, nos primeiros seis meses, e a cada quatro ou, no mínimo, a cada seis meses, posteriormente
As queixas relativas aos efeitos colaterais mais comuns são: sede e polúria; problemas de memória; tremores; ganho de peso; sonolência/cansaço, e diarréia. No início do tratamento, são comuns: azia; náuseas; fezes amolecidas, assim como a sensação de peso nas pernas e cansaço, desaparecendo com o tempo. Diarréia e tremores grosseiros, aparecendo tardiamente no curso do tratamento, podem indicar intoxicação e requerem imediata avaliação.

postado: Lucas Faria
fonte: http://www.unifesp.br/dpsiq/polbr/ppm/atu3_07.htm

PERTURBAÇÕES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR


A Anorexia Nervosa e a Bulimia são doenças do comportamento alimentar, em ligação com a imagem corporal e o controle do impulso alimentar. Podem ser graves.

Na Anorexia o doente não come, chegando a passar fome, devido a uma distorcida imagem corporal, que lhe causa aversão à comida.

A Bulimia é um ciclo de “encher” (consumindo grandes quantidades de comida) e “purgar” (quer induzindo o vómito, quer pelo abuso de laxantes).

Quem sofre de Anorexia ou Bulimia tem uma preocupação excessiva com a comida e um medo irracional de ficar gordo. 90% dos doentes com Anorexia e Bulimia são do sexo feminino.

Fonte: Revista de Anorexia Nervosa.

Carol Araujo.

PERTURBAÇÕES ANSIOSAS

Há três principais tipos de perturbações ansiosas:
- Fobias
- Perturbação de Pânico
- Perturbação Obsessivo-Compulsiva

As pessoas com Fobias sentem imenso terror quando confrontadas com situações específicas (estarem em locais superlotados ou terem de falar em público) ou com certos objectos ( pontes ou animais, por exemplo).

As fobias podem impedir a pessoa de ter uma vida normal, obrigando o indivíduo a fazer adaptações na actividade diária, evitando essas situações ou objectos.

A Perturbação do Pânico é caracterizada pelo aparecimento repentino de um sentimento de terror (pânico), sem causa aparente. Durante o ataque de pânico, a pulsação aumenta, a respiração torna-se rápida e o doente pode suar ou ficar com vertigens. A pessoa passa a recear constantemente que as crises se repitam.

Quem sofre de Doença Obsessivo-Compulsiva tem pensamentos repetitivos, persistentes, involuntários, de conteúdo estranho ao Eu e a propensão a comportamentos ritualizados, que o doente não consegue controlar, tais como lavar constantemente as mãos, verificar repetidas vezes, contar, arrumar etc.


Fonte: pmfsimps.blogs.sapo.pt/1076.html

Carol Araujo

Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

O transtorno se caracteriza por sinais claros e repetitivos de desatenção, inquietude e impulsividade, mesmo quando o paciente tenta não mostrá-lo. Há vários graus de manifestação do TDAH, que recebe às vezes o nome DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção) ou SDA (Síndrome do Déficit de Atenção).

Na década de 1980, a partir de novas investigações, passou-se a ressaltar aspectos cognitivos da definição de síndrome, principalmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando-se, além disso, que a atividade motora excessiva é resultado do alcance reduzido da atenção da criança e da mudança contínua de objetivos e metas a que é submetida. É um transtorno reconhecido pela OMS (Organização Mudial da Saúde), tendo inclusive em muitos países, lei de proteção, assistência e ajuda tanto aos que têm este transtorno ou distúrbios quanto aos seus familiares. Há muita controvérsia sobre o assunto. Há especialistas que defendem o uso de medicamentos e outros que, por tratar-se de um Transtorno Social, o indivíduo deve aprender a lidar com ele sem a utilização de medicamentos.

Segundo Rohde e Benczick o TDAH é um problema de saúde mental que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar; podendo ser acompanhado de outros problemas de saúde mental. Os autores Rohde e Benczich, caracterizam o TDAH em dois grupos de sintomas. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.

A criança com Déficit de Atenção muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.
A imagem da esquerda ilustra áreas de atividade cerebral de uma pessoa sem TDAH e a imagem da direita de uma pessoa com TDAH. Há certa controvérsia sobre o estudo do Dr. Alan Zametkin que produziu estas imagens, pois as crianças que fizeram parte do estudo tinham maioritariamente disfunções severas.

* Têm muitos talentos criativos, que geralmente não aparecem até que o TDAH seja tratado
* Demonstram ter pensamento original, "fora da caixa"
* Tendem a adotar um jeito diferente de encarar a própria vida. Costumam ser imprevisíveis na maneira como abordam diferentes assuntos
* Persistência e resiliência são suas características marcantes - mas, cuidado, às vezes podem parecer cabeças-duras
* São geralmente muito afetivos e de comportamento generoso
* São altamente intuitivos
* Dificil aprendizado mas fora da escola demonstram ter uma inteligência acima da média para muitas coisas

* Grande dificuldade para transformar suas grandes idéias em ação verdadeira[carece de fontes?]
* Problemas para se fazer entender ou explicar seus pontos de vista[carece de fontes?]
* Falta crônica de iniciativa[carece de fontes?]
* Humor volúvel, da raiva para a tristeza rapidamente
* Pouca ou nenhuma tolerância à frustração
* Problemas com organização e gerenciamento do tempo
* Necessidade incessante de adrenalina. Inconscientemente, podem provocar conflitos apenas para satisfazer essa necessidade de estímulo
* Tendência ao isolamento e à solidão
* Raramente conseguem aprender com os próprios erros

Sintomas relacionados à desatenção

* Não prestar atenção a detalhes;
* ter dificuldade para concentrar-se;
* não prestar atenção ao que lhe é dito;
* ter dificuldade em seguir regras e instruções;
* desvia a atenção com outras atividades;
* não terminar o que começa;
* ser desorganizado;
* evitar atividades que exijam um esforço mental continuado;
* perder coisas importantes;
* distrair-se facilmente com coisas alheias ao que está fazendo;
* esquecer compromissos e tarefas;
* problemas financeiros;
* tarefas complexas se tornam entediantes e ficam esquecidas;
* dificuldade em fazer planejamento de curto ou de longo prazo.

Os sintomas relacionados à hiperatividade/impulsividade

* ficar remexendo as mãos e/ou os pés quando sentado;
* não permanecer sentado por muito tempo;
* pular, correr excessivamente em situações inadequadas;
* sensação interna de inquietude;
* ser barulhento em atividades lúdicas;
* ser muito agitado;
* falar em demasia e sem pensar no que vai dizer;
* responder às perguntas antes de concluídas;
* ter dificuldade de esperar sua vez;
* intrometer-se em conversas ou jogos dos outros;

Para se diagnosticar um caso de TDAH é necessário que o indivíduo em questão apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade; além disso os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses. Pessoas com TDAH tem problemas para fixar sua atenção em coisas por mais tempo do que outras, interessantemente, crianças com TDAH não tem problemas para filtrar informações. Elas parecem prestar atenção aos mesmos temas que as crianças que não apresentam o TDAH prestariam. Crianças com TDAH se sentem chateadas ou perdem o interesse por seu trabalho mais rapidamente que outras crianças, parecem atraídas pelos aspectos mais recompensadores, divertidos e reforçativos em qualquer situação, essas crianças também tendem a optar por fazer pequenos trabalhos no presente momento em troca de uma recompensa menor, embora mais imediata, ao invés de trabalhar mais por uma recompensa maior disponível apenas adiante. Na realidade, reduzir a estimulação torna ainda mais difícil para uma criança com TDAH manter a atenção. Apresentam também dificuldades em controlar impulsos. Os problemas de atenção e de controle de impulsos também se manifestam nos atalhos que essas crianças utilizam, em seu trabalho. Elas aplicam menor quantidade de esforços e despendem menor quantidade de tempo para realizar tarefas desagrádaveis e enfadonhas.

Causas

As pesquisas têm apresentado como possíveis causas de TDAH a hereditariedade, problemas durante a gravidez ou no parto, exposição a determinadas substâncias (exemplo: chumbo) ou problemas familiares como: um funcionamento familiar caótico, alto grau de discórdia conjugal. Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo ou de oposição desafiante nas crianças. Segundo Goldstein, alguns fatores podem propiciar o aparecimento do TDAH quando em condições favoráveis, por isso as causas do TDAH são de uma vulnerabilidade herdada ao transtorno que vai se manifestar de acordo com a presença de desencadeadores ambientais. A ansiedade, frustração, depressão ou criação imprópria podem levar ao comportamento hiperativo.

O uso de medicamentos

O tratamento baseia-se em medicação se necessário e acompanhamento psiquiátrico. É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Mais de 80% dos portadores de TDAH beneficiam-se com o uso de medicamentos como o cloridrato de metilfenidato (Ritalina ou Concerta em sua versão comercial), Bupropiona, Modafinil e Antidepressivos Tricíclicos como a Imipramina. Em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso dos mesmos. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.

Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo ou de oposição desafiante nas crianças, o que pode ser denomiado de Hiperatividade de fundo social, diferente de TDAH.

Postado por Danilo Rodrigues e Brenda Maraví.

Fonte: www.iceb.ufop.br/debio/arquivos/bioquimica_alem_da.pdf

Tipos de Transtorno Bipolar do Humor


Existem quatro formas de Transtorno Bipolar do Humor, e três por causas diversas:

Transtornos bipolar:

- Transtorno Bipolar Tipo I – Períodos de mania (euforia) com humor elevado e expansivo, grave o suficiente para causar prejuízo no trabalho, relações sociais podendo necessitar de hospitalização contrapostos por períodos de humor deprimido, sentimentos de desvalia, desprazer, desmotivação, alterações do sono, apetite, entre outros. Geralmente, o estado maníaco dura dias ou pelo menos uma semana, e períodos de depressão de semanas à meses.

- Transtorno Bipolar Tipo II – Períodos de hipomania, em que também ocorre estado de humor elevado e agressivo mas de forma mais suave. Um episódio de tipo hipomania, ao contrário da mania, não chega a ser suficientemente grave para causar prejuízo em atividades de trabalho ou vida social.

- Transtorno Bipolar Misto – Períodos mistos, em que em mesmo dia haveria alternâncias entre depressão e mania. Em poucas horas a pessoa pode chorar, ficar triste, com sentimentos de desvalia e desprazer e, no momento seguinte, estar eufórica, sentindo-se capaz de tudo, falante e agressiva.

- Transtornos Ciclotímicos – Períodos em que haveria uma alteração crônica e flutuante do humor marcada por numerosos períodos com sintomas maníacos e numerosos sintomas depressivos que se alterariam. Contudo, não seriam suficientemente graves nem ocorreriam em quantidade suficiente para se ter certeza de se tratar de depressão e mania. Isto é, pode ser facilmente confundida com o jeito de ser da pessoa, “de lua”.

Causas diversas:

-Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral - caracterizado por uma perturbação proeminente e persistente do humor, considerada uma conseqüência fisiológica direta de uma condição médica geral.

-Transtorno do Humor Induzido por Substância- caracteriza-se por uma perturbação proeminente e persistente do humor, considerada uma conseqüência fisiológica direta de uma droga de abuso, um medicamento, outro tratamento somático para a depressão ou exposição a uma toxina.

-Transtorno do Humor Sem Outra Especificação - incluído para a codificação de transtornos com sintomas de humor que não satisfazem os critérios para qualquer Transtorno do Humor específico e nos quais é difícil escolher entre Transtorno Depressivo Sem Outra Especificação e Transtorno Bipolar Sem Outra Especificação (como agitação ).

postado: Lucas Faria
fonte:http://www.terapeutaocupacional.com.br/transtorno_bipolar.htm

Introdução transtornos bipolar do humor

O transtorno de humor é uma enfermidade na qual ocorrem alterações do humor, caracterizando-se por períodos de um quadro depressivo, que se alteram com períodos de quadros opostos, isto é, a pessoa se sente eufórica (mania). Tanto o período de depressão quanto da mania pode durar semanas, meses ou anos. O termo mania não significa “repetição de hábitos”, mas sintomas de euforia (caracterizados por exaltação do humor, hiperatividade, loquacidade exagerada, diminuição da necessidade de sono, exacerbação da sexualidade e comprometimento da crítica). O Transtorno do Humor pode ocorrer, ao longo da vida, dentro de um curso bipolar ou unipolar. O curso unipolar refere-se a episódios somente de depressão e, no bipolar, depressão e mania (euforia). O Transtorno Bipolar do Humor atinge de igual maneira homens e mulheres em torno de 1% a 2% e, geralmente, entre os 15 e 30 anos de idade. O transtorno bipolar também pode atingir as crianças, manifestando-se com sintomas predominantes de humor ansioso e irritável.
O humor da pessoa oscila de muito eufórico (agitado), para muito triste (com desesperança, desmotivação e desvalia). Como em outras doenças, o Transtorno Bipolar do Humor afeta não só quem o tem, como também, o cônjuge, familiares, amigos e empregadores.
Se depressão, mania forem acompanhadas de alucinações (ouvir, ver, sentir o que não existe) e delírios (pensamentos irreais à realidade) trata-se do subtipo psicótico. As pessoas que sofrem de Transtorno Bipolar levam, em média, 8 anos antes de serem diagnosticadas ou receberem tratamento adequado, o que pode causar grande sofrimento e perdas.
Os Transtornos do Humor estão divididos em Transtornos Depressivos (“depressão unipolar”), Transtornos Bipolares e dois transtornos baseados na etiologia – Transtorno do Humor Devido a uma Condição Médica Geral e Transtorno do Humor Induzido por Substância. Os Transtornos Depressivos são diferenciados dos Transtornos Bipolares pelo fato de haver um histórico de jamais ter tido um Episódio Maníaco, Misto ou Hipomaníaco. Os Transtornos Bipolares envolvem a presença (ou histórico) de Episódios Maníacos, Episódios Mistos ou Episódios Hipomaníacos, geralmente acompanhados pela presença (ou histórico) de Episódios Depressivos Maiores.

fonte:http://www.psiquiatriageral.com.br/humor/intro.htm

postado: Lucas Faria